O filme "Os Inocentes" é um exemplo de "horror psicológico", com os realizadores conseguindo assustar as platéias através do uso para esse fim de iluminação, música e interpretações no lugar do sangue e choques convencionais. O iluminador Freddie Francis usa o foco aprofundado em muitas cenas, bem como sombras e luz mínima. As locações foram na mansão gótica localizada em Parque Sheffield, East Sussex. É a primeira participação em filme da atriz-mirim Pamela Franklin.
Jack Clayton queria que o filme fosse diferente das conhecidas produções de horror da Hammer dessa época. Filmou em preto e branco e a abertura tem um fundo preto que dura 45 segundos, quando se ouve apenas uma canção infantil. Somente após o término da música, os letreiros iniciais aparecem. Para a direção dos atores mirins, Clayton omitiu detalhes da história. Martin Stephens e Pamela Franklin trabalharam com roteiros que continham lacunas no lugar dos elementos misteriosos e surpreendentes mais adultos da história.
Durante o século XIX, a Senhora Giddens se candidata ao trabalho de governanta e é contratada por um solteirão aristocrata que não tem tempo nem interesse em cuidar de dois sobrinhos órfãos, Miles e Flora, que moram em sua grande propriedade rural no Condado de Bly, assistidos apenas pela criadagem. Ele conta que a governanta anterior, Jessel, morrera. E pede a Senhora Giddens que não mencione o assunto à menina, Flora.
Quando a Senhora Giddens chega à propriedade, ela conhece Flora e fica amiga da arrumadeira, a idosa Senhora Grose. O pequeno Miles está na escola, mas Flora avisa que ele logo voltará, o que realmente acontece para espanto da governanta, pois o menino foi expulso do colégio e chegou antes das férias regulares.
Apesar de feliz com o lugar, as crianças e os criados, à noite a Senhora Giddens está sempre com o sono agitado. Ela começa a ter visões da governanta morta e também de um homem misterioso, o qual a Senhora Grose identifica pela descrição como Peter Quint, antigo vassalo na propriedade e que também morreu. Com a sucessão de eventos sobrenaturais, a Senhora Giddens se convence de que os fantasmas dos criados mortos ameaçam as crianças e está decidida a impedir esse mal e salvá-las.
Uma casa mal-assombrada. A governanta que chega e descobre os segredos de um passado longínquo. O espectador pensa que a mulher não vai suportar, mas ela é corajosa e não só suporta como também tenta desvendar os mistérios que rondam a casa. Tantos filmes foram feitos com esta temática, do trash ao cinema espetacular, com elencos terríveis ou fabulosos. Roteiros escabrosos versus obras-primas. Todos os lados bons destas comparações acima pertencem ao grande "The Innocents 1961", dirigido por Jack Clayton. A qual exala um perfume especial de mestres da literatura universal: o filme foi roteirizado por Truman Capote e William Archibald, baseados na obra "The Turn of the Screw" , de Henry James.
As performances das crianças foram espetaculares. Os atores Pamela Franklin e Martin Stephens (Miles) são assustadores do início ao fim. Existe uma forte ligação dos personagens do menino Miles com a Esther de Isabelle Fuhrman em "Orphan 2009". Semelhanças não param por aí, já que "The Innocents 1961" foi livre inspiração para "The Other, 2001" , de Alejandro Amenábar.
De acordo com o Professor Christopher Frayling, a maior parte do roteiro foi retirado da peça de William Archibald que estreou na Broadway em 1950. Apesar disso, Frayling atribui a Capote o subtexto Freudiano do roteiro e também a atmosfera característica do estilo conhecido como Sul Gótico – com a sugestão da repressão sexual da governanta aludida metaforicamente com seus frequentes encontros com plantas caídas e insetos vorazes. Apesar disso, Clayton preferiu concentrar a narrativa em outros aspectos que realçassem as ambiguidades entre a história de fantasmas e os elementos freudianos.
Referências na cultura popular
- "The Infant Kiss", canção de Kate Bush do álbum Never for Ever (1980), foi inspirada no filme.
- "O Willow Waly", a canção infantil ouvida no filme, escrita por Georges Auric e Paul Dehn cantada por Isla Cameron, foi lançada no Reino Unido pela Decca como um compacto simples em março de 1962.
Premiações e homenagens
- Indicado a dois BAFTA Awards: Melhor Filme Britânico e Melhor Filme (no geral).
- O diretor Clayton recebeu o National Board of Review Award de Melhor Diretor.
- William Archibald e Truman Capote venceram o Edgar Award de 1962 dos Mystery Writers of America para Melhor Roteiro de Filme. O filme foi lançado em 25 de dezembro de 1961 em Nova Iorque e foi incluído no Festival de Cannes de 1962.
- O diretor Martin Scorsese incluiu The Innocents em sua lista dos 11 maiores filmes de horror de todos os tempos.
- A revista Time Out o classificou como 18º de uma lista dos cem maiores filmes britânicos de todos os tempos.
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